Hoje tenho várias bênçãos para compartilhar. Uma é que o “Tua Visão” está abençoando muitas pessoas, tocando os corações! E eu devo receber meu CD e DVD daqui a pouco aqui nos EUA, pois chega hoje uma visita muito especial do Brasil para nós: A Zê! Isso mesmo! A Ezenete está chegando, pois veio para me ajudar a viajar com os meninos para a Suíça esta semana. Estarei me encontrando com a equipe do DT em Zurique, onde ministraremos a pessoas de várias partes da Europa que se reunirão ali para buscarmos ao Senhor juntos. Muitas bênçãos, não é mesmo? Se puderem orem por este tempo ali também.
Mas, queria muito compartilhar uma experiência que tive neste Domingo. Eu confesso que há dias mais fáceis e outros mais difíceis para mim, e este Domingo foi bem difícil. Quando Gustavo me perguntou o que eu queria, eu respondi que queria ir embora para o Brasil. Acredito que um dos motivos foi que dormi mal. A noite picada, acordando várias vezes pela madrugada, me deixou mais frágil. Gustavo orou por mim e pedi a ele que eu pudesse ficar em casa. Ele saiu com o Isaque e eu voltei a dormir com o Ben.
Foi uma soneca de apenas mais uma hora, mas quando eu acordei uma música enchia o meu coração. “Eterno Rei, exaltado nas alturas, glorioso no céu. Humilde vieste `a Terra que criaste. Por amor pobre Se fez. Vim para adorar-Te…”. Eu cantei e cantei, e o Espírito Santo foi aplicando `a minha situação um pouco da renúncia que o próprio Senhor Jesus fez para vir ao mundo.
Sei que é em uma dimensão infinitamente menor, mas pude entender que minhas renúncias (conforto, ajuda, familiaridade), e a oportunidade que tenho tido de servir meu marido e meus filhos nas coisas de casa (lavar, passar, cozinhar, limpar) têm me levado a ser mais como Jesus.
Cantei a outra parte da música: “Eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz”. E pude ver além da dor do sofrimento do calvário, mas o preço de ter deixado a Casa do Pai, a glória. E Jesus poderia ter vindo ao mundo modernizado, com água encanada, energia elétrica, carro, mas veio em uma época muito mais desconfortável. A imagem do Senhor amarrando a toalha ao redor da cintura e Se abaixando para lavar os pés dos discípulos me veio forte `a mente. Quanta humilhação! Mas era Ele mesmo Se humilhando, Se encarnando.
Ao me levantar (graças a Deus Benjamim continuou dormindo um pouco mais) fui ler a minha Bíblia. Terminei Efésios 6 (era o capítulo da semana de um grupo de mulheres com quem estou orando) e a expressão “ficar firme” aparece várias vezes, e isso me fortaleceu. Decidi continuar e ler Filipenses, afinal, é a carta da alegria cristã, mesmo em meio a dificuldades (Paulo escreveu da prisão “alegrai-vos, alegrai-vos, alegrai-vos”).
Logo me deparei com “Aquele que começou a boa obra… é fiel para completá-la” (ir até o fim, não desisitir – Deus vai me levar até o fim neste propósito). E, para minha surpresa ao perceber a orquestração do Espírito, cheguei em Filipenses 2: 5 a 11.
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo…”. Ele não Se apegou em ser Deus. Ele Se esvaziou e assumiu a forma de servo. Ele Se tornou homem. Ele Se humilhou, até o fim, morrendo na cruz.
Chorei muito, e entendi um pouco mais que um dos propósitos de Deus nesta minha experiência é me tornar mais como Jesus. Deixando o que deixei e nas coisas mais simples, servindo, sou quebrantada e desço, desço, assim como Ele desceu. Me encarno, me torno mais ser humano, assim como Ele virou gente.
Terminei o dia ontem cansada, de tanta obra de Deus que fiz. Isso mesmo, pois lavar, cozinhar, limpar, cuidar da minha família ou SERVIR quem quer que seja, se tornou para mim a grande obra de Deus. Obra que Ele está fazendo em mim, acima de tudo, para que eu seja um pouco mais como Jesus. Apenas isso já faz valer a pena.
Ana Paula Valadão.